segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Oficina “O dizer profundo na arte do papel xerox” no SENAC de Jaboticabal



Quando participei pela primeira vez de um fanzine tinha 16 anos, não imaginava que a minha relação com a arte do papel xerox  fosse durar  tanto tempo já que hoje, somo 34 primaveras.  Jamais pensei que um dia seria convidado a falar sobre os zines que já fiz, e que ficaria na mira de vários olhos juvenis e curiosos por saber os procedimentos para tal criação. Tais coisas ocorreram no dia 20 de novembro, no SENAC de Jaboticabal.
Cheguei a Jaboticabal com certa antecedência. Tempo necessário para dar uma volta pela cidade. Conhecer a praça central, esticar em um banco e tomar uma cerveja. A oficina estava marcada para as 14h00. Fui recebido por  Elber Corrêa que me apresentou para o resto da equipe na biblioteca onde seria a oficina.
Dado o horário, passados talvez alguns minutinhos, chegaram os alunos acompanhados de sua professora e iniciamos a oficina.  Os jovens espalharam-se pela biblioteca e olhavam curiosos para os fanzines que deixei sobre duas mesas. Após me apresentar e falar um pouco sobre a história dos fanzineiros no Brasil e no Mundo, deixei-os revirar os zines e entrar em contato direto com os papéis xerocados e dobrados, alguns já amarelados pelo tempo.
Depois exibi um vídeo com fotos da criação de um dos fanzines do âncora, na casa de um dos editores, Leandro, que infelizmente não pôde comparecer ao SENAC nesse dia. Fotos que mostravam todo ambiente de  criação de um fanzine. Após conversamos mais ainda sobre o tema e tirar dúvidas de alguns e descobrir os talentos entre a turma, seja no desenho, colagens, contos, crônicas e poesia, iniciamos a bagunça organizada em que cada um passou a viver sua criatividade. Enquanto um recortava, outro escrevia, e dois discutiam e outro colava.
E assim se foi mais uma oficina do Âncora. Valeu Elber, Leonardo e todos do SENAC. Obrigado pelo espaço. Saudades dessa garotada esperta. 





 João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.