sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

No Cauim também tem Rock Pesado "Mininu"


A quarta-feira passada, 20 de fevereiro, foi bem Rock'n Roll. A começar pelo meu dia. Como sabem sou professor e por livre e espontânea pressão das normas de atribuição de aulas da Secretaria da Educação de São Paulo  peguei aulas em Cravinhos. Por sorte a escola em que darei aulas esse ano me surpreendeu e estou gostando dos ares de meu novo local de trabalho.
Foto: Bebel
Sabia que naquela quarta os caras da banda Raimundera de Ribeirão Preto se apresentariam no Cauim. A ideia era sair do trabalho, ir para casa ou ficar direto em Ribeirão até o evento começar. Infelizmente meus planos vieram abaixo quando fiquei sabendo que minhas reuniões pedagógicas obrigatórias seriam naquele dia e até bem tarde. Cheguei ao Cauim  eram mais de 20h00 e com os pés doendo dentro de um sapato que não usava há anos, pois meus tênis estavam em minha casa em Serrana e quando sai, estavam molhados.  Você deve ter pensado: “mas isso é problema seu!!” Sem dúvida, mas o pé dentro do sapato também não era o seu, certo???
A primeira coisa que fiz ao chegar ao Cine Clube foi cumprimentar alguns colegas que estavam do lado de fora e entrei para pegar uma Cerveja. Após a primeira “golada”, direcionei minha atenção para a banda. Fiquei surpreso ao ver o amigo e baterista da Raimundera,  Myon, tocando os sons do Raimundos de maneira educada, quase que polida, afinal o local não comportaria suas fortes batidas na batera e isso prejudicaria a apresentação.
Uma outra surpresa foi o público presente que desde que cheguei apenas aumentou.  Um púbico diferente do que costuma frequentar o Cauim. Uma “galera do Rock” como muitos diriam. 
Foto: Bebel
Ao final da apresentação que é quando a banda começa a tocar os sons clássicos do Raimundos, algo parecido com um pogo comeu solto dentro do Cauim o que levou a banda a parar sua apresentação um pouco mais cedo  que de costume naquele recinto.
Várias fotos foram tiradas durante a apresentação, tanto pelo  público quanto pelos representantes do Cauim. As fotos que uso nesse texto foram tiradas  pela  amiga da banda e frequentadora do estúdio Garrafão, Bebel.
Após sair do Cauim passei mais algumas horas agradáveis ao lado de “Brothers” na casa das amigas, Elaine, Manu e Thais que conheci naquela noite. Quando fui para casa  não me lembrava mais que sentia dores nos pés, mas como tudo na vida  volta, a dor também voltou e quando desci do circular  em Serrana, tirei os sapatos e voltei caminhando  para casa.

João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O último dia de Carna Rock e a Celebração do som Independente


O último dia de Carna Rock foi de banjo distorcido, passando por melodias características do indie rock  até desaguar no rock alternativo com influências de blues e derivados dos serranenses da banda Cane´s  Foot.
O banjo distorcido ficou por conta da dupla  “Que miras Chicon” de Monte azul. O casal, Danilo no banjo e Thaysa na bateria, divertiram a todos os presentes com suas histórias da roça. O   White Stripes caipira. Como ouvi alguns comentarem ao final da apresentação. Enquanto a próxima banda arrumava suas coisas para tocar, sai para fumar um cigarro. Quando voltei a banda já havia começado. Fazia um tempo que não ouvia o som da Pale Sunday, som com nítidas influências de rock britânico, tais como, The Smiths e New Order  numa linha mais Belle & Sebastian que conheci nos anos 90, nem sei se ainda tocam hoje em dia.
Na sequência, a banda The Jolts de Batatais também apresentou seu material que não fugiu das influências já citadas, somando a elas a banda americana, The Strokes.
Por fim, The Cane´s Foot subiu ao palco. Não tocava há algum tempo. Estavam parados desde a perda do baterista original, Evandro. Juntaram à formação o baterista e amigo Jorge da banda Isca Viva que conseguiu entender a pegada dos sons que já faziam parte do repertório e colocar sua contribuição. O resultado foi satisfatório e a estrada fará com que melhore cada vez  mais.
O público do último dia não foi tão grande como nos demais, porém quem foi não se arrependeu. Os três dias em que fui ao Carna Rock foram tranquilos. O ambiente era de total amizade e celebração.  Fico feliz em ver o Paulistânia sendo palco de eventos desse porte. Espero que eventos como esse não sejam fatos isolados em 2013 e se tornem uma constante em Ribeirão Preto e Região. Bandas autorais é o que não faltam por aqui. Há lugar pra todos na cena independente. Bora fazer acontecer.

João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Redson, o seu grito não foi em vão



O dia 10 de fevereiro foi o terceiro dia do Carna Rock em Ribeirão Preto. Para o prazer de quem curte punk rock de primeira e hardcore, as bandas presentes foram, Go Out, Drenados, PPA (a formação clássica sobrevive, mas em estágio terminal constante) e para finalizar o grande Cólera que se mantém na ativa. Grande e forte, com os membros originais, Pierre e Val e os mais recentes, Cacá  que já tinha visto tocando com os Garotos Podres na guitarra e Wendel que tem se apresentado muito bem no vocal desde a partida de Redson.
foto: Grace Kelli
A chuva atrapalhou um pouco e não havia muitas pessoas na apresentação da Go Out. A Drenados foi a segunda banda, também havia um bom tempo que não se apresentavam. Destaco o som "Coco loco" que é um dos que mais curto. Entre um som e outro, ouvia-se dos presentes, variações do nome da banda, tais como, “chapadoooos”, “travadooos” e assim por diante. Na sequência a banda PPA desfilou seus sons, clássicos de outrora para um público que se dividia entre aqueles que já conheciam a banda e cantavam juntos todas as músicas e aquele pessoal que não conhecia a banda, mas pela expressão e críticas ouvidas após a apresentação, aprovaram o que viram e ouviram. Durante o som da PPA, pessoas se aglomeravam mais e mais. A chuva já havia dado uma trégua. Isso era bom.
A banda de encerramentos foi a lendária Cólera. Juro que tentei me comportar. Não pogar tanto ou subir vez ou outra no palco e cantar junto ao microfone sons como “adolescentes”  ou “quanto vale a liberdade” Ficar parado foi impossível. Meu corpo e garganta ainda doem, mas não me arrependo dos saltos e nem dos gritos. Foi demais rever os amigos. Celebrar como diria Redson, “a liberdade de ser cada um”.



João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.



sábado, 9 de fevereiro de 2013

Noite de dupla jornada no carnaval rock de Ribeirão




Enquanto algumas pessoas se preparavam para a folia  ao som de músicas que não representam em nada a musicalidade baiana que é riquíssima, outras tinham planos mais audaciosos para a noite de sexta-feira. Eu fiz parte do segundo time e junto de uma galera, fui na contramão do pré-estabelecido para a maioria dos mortais naquela noite.

A dupla jornada iniciou-se no conhecido Cauim que já há algum tempo dedica as sextas-feiras a potente voz de Sônia Paschoalick,  acompanhada sempre de ótimos músicos que dispensam apresentações. O destaque da noite ficou para Jorge do Trompete que apareceu para abrilhantar o som que já era bom e ficou melhor. O ponto negativo do cauim nos dias atuais é a cerveja que por motivos que variam de uma boca para outra, não é mais servida em garrafas e nem são dados mais copos de vidro. O tão almejado líquido é despejado em sua totalidade em um grande copo plástico. Não é preciso ser gênio para saber o que acontece. Você toma metade da cerveja e outra metade esquenta.Aí você passa a ter somente duas alternativas, beber a cerveja mesmo quando ficar quente ou dispensar o líquido  e sofrer a ira de Ninkasi, a Deusa Suméria da Cerveja. Preferi não correr esse risco, terminei meu copão, mesmo quente, e abstive-me de beber mais. Afinal, sabia que mais tarde teria onde matar a minha sede de álcool. Após o término do som no Cauim, um cachorro-quente e alguns cigarros, peguei carona com um dos comparsas de Mano Pinga, o guitarrista, Alemão, acompanhado de sua esposa e filho que nos deixariam no Paulistânia para a primeira noite de Carna Rock.
Ao descermos do carro, notamos que a primeira banda da noite já estava tocando. “Reconheci quando ouvi o refrão, “O meu dicionário não tem cu”.  Era a banda Ex-Tunc. Infelizmente não vi muito da apresentação deles. Na sequência seria a banda, Pensei que eu fosse alguém, como já  conhecia o som e ouvido repetidas vezes as oito músicas disponíveis na internet, me posicionei mais próximo do palco para acompanhar a apresentação da banda que me tornei fã. Agora sim, acompanhado de uma cerveja gelada e copo de vidro. Cenário quase perfeito, se não fosse a ausência de um cigarro aceso em uma de minhas  mãos. Infelizmente as leis não servem aos boêmios.
Saio para fumar um cigarro, deixar a taxa de nicotina tinindo em meu sangue. Dentro de alguns minutos, Mano Pinga e seus Comparsas fariam sua volta depois de quase um ano sem atividade. Aos primeiros acordes da banda, todos entraram para acompanhar as narrativas musicadas da vida de Julião pelas noites de Ribeirão Preto. Verdadeiras crônicas das ruas. A novidade da noite na apresentação da banda foi o cover de Raul Seixas que ficou muito bom na voz de Mano Pinga. Acho que passará a fazer parte do repertório.
Para encerrar a noite de bebedeira e rock and roll ,sem confetes ou serpentinas, a banda Gran Modern Glasses. Rock and Roll com pitadas  psicodélicas e riffs que não acabavam mais. Curti bastante. Vocal impecável. Não conhecia o som dos caras. Mostraram, além de muita energia, competência instrumental de sobra.
O som havia acabado, mas a cerveja e os cigarros, não. As conversas seguiram madrugada a fora. Histórias eram contadas e relembradas. Caronas foram dadas. E esse foi apenas o primeiro dia de Carna Rock.


 João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Seletiva para o Grito Rock 2013



No dia 02 de fevereiro, antes mesmo de qualquer bloco carnavalesco sair às ruas, rolou na UGT em Ribeirão Preto, um evento que selecionou duas bandas para tocarem no Grito rock Ribeirão/Serrana.  O método de escolha foi o voto da galera que apareceu em bom número para curtir as bandas, Pensei que eu fosse alguém, Molloko, Miss lane, Sociopatas e Go out. Todas selecionadas através de votação popular na internet.
foto tirada por  mabru rodrigues
A primeira banda da noite foi a “Pensei que eu fosse alguém” que tem na guitarra o Giuliano, que já conhecia da formação clássica do Distúrbio Mental. Se alguém tiver informações sobre essa banda punk das antigas, passe-me, por favor.  No baixo, uma outra figura conhecida da galera da música, Loy Martinelli. Lembro-me de ouvi-lo dizer durante a passagem de som: “Não tocava aqui, faz uns 20 anos.” Gostei muito do vocal feminino da banda. Beta Ricci, além da bela voz,  mandou bem na guitarra. Para completar o quarteto, restou citar  o batera, Getúlio Cesar.

Na sequência subiu ao palco a Molloko, também de Ribeirão Preto. Banda muito influenciada pelos Ramones, até mesmo no visual despojado. O power trio, formado pelos irmãos, Milton  e André, baterista e guitarrista/vocal, respectivamente e o canhoto, Daniel no baixo. Mandaram bem, mas sou suspeito. Afinal. Sou fã de punk rock.

Miss Lane foi a terceira banda a tocar e foi demais. Sinceramente, pensei que não fosse gostar, mas os caras, Lorenzo, João Lucas, ambos voz e guitarra e a cozinha de Vitor na batera e Neto no baixo,  mandaram muito bem, tanto nos sons com letras quanto nos instrumentais. É de fato como eles colocaram no site, um “instrumental Lisérgico com voz”. Destaque para o final da apresentação que foi apoteótico.
A Seletiva já se aproximava do seu final, a cerveja estava gelada e barata e a penúltima banda a se apresentar foi a Sociopatas, banda influenciada principalmente pelos clássicos do Blues e pelo Rock da década de 70. Fizeram uma boa apresentação. Destaque para energia  ao vivo dos integrantes da banda, Gustavo nos vocais, Jadiel, guitarra, Felipe, baixo e Victor na batera.


Por falar  em energia, o encerramento ficou por conta da Go Out, formada por Rafael Olodum e Túlio nas guitarras, Dú no vocal e Tadeu no baixo e Rodrigo na batera. Assim como as outras, também é de Ribeirão. Punk Rock Californiano. É assim que definem o som que fazem. Mandaram as músicas de seu primeiro Ep e algumas novas que farão parte do próximo trabalho que já está para sair.

foto tirada por Mandala Filmes
foto tirada por Mandala Filmes

Durante todo o evento uma urna ficou à disposição do público que ao entrar recebia, além da caneca, a cédula para votação. A abertura da urna será durante o programa da TV Fuligem no dia 04/02. Fique ligado na transmissão e confira as duas bandas escolhidas pela galera e que estarão presentes no Grito Rock Ribeirão/Serrana.


João Francisco Aguiar é um dos editores do âncorazine e desse blog. É professor, conhecido por seus alunos e colegas de trabalho como jofra, baterista da banda Corvo de Vidro. Não acredita em processos de mudança, e sim na ruptura como mudança do real. Se não está satisfeito com o pano de fundo de sua vida, não mude a si mesmo troque o pano, mude de amigos, de cidade e até de planeta se conseguir. Para ele a imaginação supera a razão.